quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

3 minutos a mais com a mãe

3 minutos a mais com a mãe

08 de dezembro de 2011 | 3h 02
Fernando Reinach - O Estado de S.Paulo
Uma em cada quatro crianças apresenta uma forma branda de anemia na primeira infância. Mesmo na Europa, essa taxa é de 5%. Como a falta de ferro durante os primeiros anos de vida pode prejudicar o desenvolvimento neurológico das crianças, essa alta frequência de anemia infantil preocupa os pediatras.
Agora, um grupo de médicos suecos descobriu uma maneira simples e barata de eliminar o problema. Basta cortar o cordão umbilical três minutos mais tarde.
Toda criança nasce ligada à placenta pelo cordão umbilical. Nos instantes iniciais de sua vida fora do útero, ela ainda recebe o oxigênio necessário por meio do cordão umbilical. Logo em seguida, começa a respirar e, a partir desse momento, seu suprimento de oxigênio deixa de vir da placenta e passa a vir diretamente da atmosfera.
Em seguida, um mecanismo fisiológico contrai o cordão umbilical, interrompendo o fluxo de sangue entre o placenta e o recém-nascido, e ele se torna independente da mãe. Nos hospitais modernos, o médico coloca um clipe e corta o cordão imediatamente após o parto.
Nos outros mamíferos e nos partos fora do ambiente hospitalar (em tribos indígenas, por exemplo), o rompimento do cordão umbilical leva mais tempo. As contrações continuam, a placenta é expelida e somente depois o cordão umbilical se rompe ou é cortado pela mãe.
Faz muitos anos que se sabe que nos primeiros minutos após o parto, antes do fluxo de sangue ser interrompido pela contração natural do cordão, um volume razoável de sangue passa da placenta para o recém-nascido. Nos seres humanos, esse volume chega a ser 100 mililitros, o equivalente ao de uma xícara de leite.
Será que o ato de colocar um clipe e cortar o cordão umbilical imediatamente após o nascimento não estaria privando as crianças dessa xícara extra de sangue? E será que não seria essa a causa para a anemia observada em um número tão grande de crianças?
Espera. Para testar a ideia, os médicos atrasaram o momento em que o médico coloca o clipe e corta o cordão umbilical. Foram estudados 400 partos, divididos em dois grupos. Nas mulheres do primeiro grupo, o cordão foi cortado dez segundos após o nascimento, como é a prática usual. No segundo grupo, os médicos esperavam 180 segundos após o nascimento, antes de colocar o clipe e cortar o cordão umbilical.
As mulheres foram incluídas em cada um dos grupos por sorteio, na hora em que chegavam ao hospital. Após o parto, as crianças de cada grupo foram acompanhadas por quatro meses. No grupo de crianças em que o cordão foi cortado imediatamente após o nascimento, 6,3% apresentavam uma anemia leve dois dias após o parto e 5,7% ainda tinham o quadro quatro meses após o nascimento. No grupo em que os médicos esperaram três minutos antes de cortar o cordão umbilical, somente 1,2% apresentava anemia aos dois dias e, mais impressionante, somente 0,6% tinha aos 4 meses - uma redução de quase dez vezes no número de crianças anêmicas aos 4 meses.
Esse resultado demonstra que manter o recém-nascido ligado ao cordão umbilical por mais três minutos pode resolver grande parte do problema da anemia infantil. Mas isso depende de esse novo procedimento ser adotado nos hospitais. Um experimento simples, baseado em uma ideia também simples, que pode resolver um problema importante. Ciência de primeira.
Mas o mais interessante é compreender por que os médicos decidiram que o procedimento correto seria cortar o cordão imediatamente após o nascimento. Em partos complicados, existem muitas razões para cortar imediatamente o cordão, mas ninguém conseguiu me explicar por que esse procedimento foi adotado como padrão nos partos absolutamente normais.
Durante milhões de anos, os primatas (e todos os outros mamíferos) viveram sem clipes e tesouras, em um ambiente em que o cordão era rompido muito mais tarde. Não seria de se esperar que o processo evolutivo tivesse, ao longo do tempo, ajustado corretamente o momento em que o cordão naturalmente interrompe o fluxo de sangue entre a placenta e o recém-nascido?
Ao decidir que o correto é cortar imediatamente o cordão, os médicos da época não consideraram a possibilidade de existir uma boa razão para o processo de seleção natural ter "escolhido" deixar o recém-nascido passar seus primeiros três minutos ainda ligado à mãe. Darwin deveria ser estudado nas escolas de Medicina.
MAIS INFORMAÇÕES: EFFECT OF, DELAYED VERSUS EARLY UMBILICAL CORD CLAMPING ON NEONATAL, OUTCOMES AND IRON STATUS AT, 4 MONTHS: A RANDOMISED, CONTROLLED TRIAL. BRITISH, MEDICAL JOURNAL, DOI:10.1136/BMJ.D7157, 2011



3 minutos a mais com a mãe - vida - versaoimpressa - Estadão:

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Liga das Doulas de São Paulo: Evento de Comemoração do Dia das Doulas!

Evento de Comemoração do Dia das Doulas!

E "nascimento" oficial da Liga das Doulas de São Paulo!

Quando? Dia 18 de dezembro de 2011, domingo, com início às 9h.

Onde? Marquise do Ibirapuera

Estão todos convidados. Haverá caminhada, abraço coletivo,
 flores e muita conversa e informação!

Participe, divulgue!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Folha.com - Videocasts - Bebês nadam e dançam com os pais para dormir melhor; veja - 27/11/2011

27/11/2011 - 06h20

Bebês nadam e dançam com os pais para dormir melhor; veja

GIOVANNA BALOGH
DE SÃO PAULO
Atualizado às 15h20.

Durante a gravidez não faltam opções para a mulher se exercitar. Hidroginástica, pilates, ioga. Mas, e depois do parto? Cada vez mais as novas mamães têm encontrado oportunidade de voltar a fazer atividade logo após o nascimento do filho e o melhor: com o bebê a tiracolo.
A fisioterapeuta Ana Karina Corrêa Freitas Salazar, 28, voltou a se mexer quatro meses após o parto. Rafael, hoje com nove meses, faz natação três vezes por semana e dança materna às quintas-feiras na Casa Moara, no Brooklin (zona sul de SP). Para a mãezona, o melhor de tudo é o vínculo que cada dia se fortalece mais com o seu bebê. "É uma hora de relaxar e ao mesmo tempo curtir bastante o neném", comenta.
Na Dança Materna, Ana Karina e as colegas de classe dançam com os pequenos acomodados em slings --espécie de canguru feito de pano-- que permite à mãe se movimentar livremente mesmo carregando o bebê. A empreendedora social Lais Fleury, 37, fez na semana passada uma aula experimental com a filha Alícia, seis meses, e aprovou. "O bacana que para o bebê tudo não passa de uma grande brincadeira que podemos fazer em casa também."
A professora da Dança Materna, Tatiana Tardioli, 34, conta que, além do vínculo com o bebê, a aula permite a ressocialização da mãe no pós-parto, além de melhorar dores nas costas e posturas na hora de carregar a criança. E os benefícios para as crianças também são visíveis. Além de gargalhadas durante a atividade, as mães contam que os bebês dormem e comem melhor nos dias de aula.
Outra opção que cada dia tem ganhado mais adeptos é o baby ioga. A instrutora de ioga e doula Priscila Cavalcanti, 46, da BarrigaBoa, diz que a atividade pode ser iniciada após 30 dias do parto. A aula --com duração, em média, de 45 minutos-- pode ser individual ou em grupo.
"Sempre temos que respeitar o tempo do bebê. Muitas vezes eles querem mamar, a mãe precisa trocar fralda. A aula é feita no tempo dele", explica. Priscila conta que todo o trabalho é voltado para relaxar o bebê e buscar o seu bem-estar.
"O tempo todo a mãe faz contato visual com o filho, o que aumenta o vínculo. Na aula, a mãe faz massagens no bebê o que o auxilia a dormir melhor e até evitar as cólicas."
NATAÇÃO
Uma opção que é mais comum nas academias da capital é a natação para bebês, mas nesta atividade os benefícios são voltados mais para a criança.
Renata Saad Torres de Oliveira, 38, é professora de natação da Pool Sports, na Aclimação (zona sul), e diz que a idade para começar a atividade varia de acordo com o pediatra do bebê.
"Alguns liberam após os quatro meses e outros somente após um ano", explica. Além de imersões, a aula ajuda a melhorar o tônus muscular e o sistema cardiorrespiratório da criança.
A bancária Débora Grilla Marra, 35, começou no mês passado a levar na natação a filha Giulia, 1 ano e seis meses, e já sentiu os benefícios. "Além de perder o medo da água, ela dorme bem melhor no dia de aula", conta a mãe.Folha.com - Videocasts - Bebês nadam e dançam com os pais para dormir melhor; veja - 27/11/2011:

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Folha.com - Equilíbrio e Saúde - Cresce número de bebês nascidos com baixo peso no país - 30/11/2011

30/11/2011 - 10h15

Cresce número de bebês nascidos com baixo peso no país

ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

Na contramão da melhoria dos indicadores de saúde de recém-nascidos, o índice de bebês com baixo peso ao nascer vem aumentando no Brasil nos últimos anos.
Dados preliminares do Ministério da Saúde tabulados pelaFolha mostram que, no ano passado, o índice de bebês nascidos com menos de 2,5 kg foi de 8,4%.
Há dez anos, era de 7,9% --o ideal, para a OMS (Organização Mundial da Saúde), é abaixo de 5%.
O valor é puxado por Estados mais desenvolvidos, como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde o índice chega a 9,5%.
Nesses locais, há uma porcentagem maior de cesáreas --o que, dizem os médicos, é a principal explicação para o fenômeno.
"A cesariana programada faz a criança nascer antes do tempo ideal, com peso baixo", diz Renato Procianoy, presidente do departamento de neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Para o Ministério da Saúde, o aumento é "progressivo e preocupante". "Estamos criando uma geração de baixo peso, que terá muito mais chance de ter obesidade, diabetes e hipertensão", afirma Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde.
O baixo peso ao nascer traz risco de doenças crônicas e reduz a expectativa de vida.
"Não adianta colocar na UTI neonatal. Ela dá uma falsa segurança de que vai dar conta da saúde do bebê, o que não é verdade", afirma o epidemiologista e coordenador da Pastoral da Criança, Nelson Arns Neumann.
Magalhães ressalta ainda que a UTI tem alto custo e aumenta o risco de infecções.
O governo quer estimular o parto normal e diz estar investindo no atendimento à gestante pela Rede Cegonha, programa lançado em março para ampliar a assistência a mães e bebês na rede pública de saúde.



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